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sábado, 9 de março de 2013

A HISTÓRIA DO CUIDADO.

UMA REFLEXÃO HISTÓRICA SOBRE A EVOLUÇÃO DO CUIDADO.

Quando nos deparamos com a Enfermagem moderna, entendemos que as práticas hoje existentes são fruto do desenvolvimento de métodos e práticas que ao longo dos períodos históricos sofreram alterações.
Nas diversas civilizações, o conceito de cuidado parte a partir do instinto chegando a profissionalização do mesmo. Nesta breve reflexão veremos de que forma esta evolução se fez possível.

As práticas de cuidar


—Surgiu do desenvolvimento e evolução das práticas de saúde no decorrer dos períodos históricos, de acordo com cada civilização havia métodos de cuidar por instinto, no período paleolítico ( idade da pedra lascada) por exemplo onde as mulheres permaneciam em casa realizando atividades domésticas e cuidando dos filhos, e os homens saiam para a caça, já neste período o cuidado acontecia, uma vez que o homem preocupava-se com o alimento de sua família, por isso a   associação do trabalho  de cuidar é totalmente  feminista.

Existia um domínio do gênero masculino ao misticismo ( morreu de algo que se apoderou dele uma forte prática   religiosas  pelos sacerdotes dos templos neste período não existiam formação de um diagnóstico de doenças, o que existiam eram suposições de possessões espíritas, a doença era vista como um castigo Divino ou espírito ruim que se apoderou do corpo.
—Neste período as doenças eram tidas como um castigo de Deus ou resultavam do poder do demônio. Por isso os sacerdotes ou feiticeiras acumulavam funções de médicos e enfermeiros. O tratamento consistia em aplacar as divindades, afastando os maus espíritos por meio de sacrifícios.
—Usavam-se: massagens, banho de água fria ou quente, purgativos, substâncias provocadoras de náuseas. 
Mais tarde os sacerdotes adquiriam conhecimentos sobre plantas medicinais e passaram a ensinar pessoas, delegando-lhes funções de enfermeiros e farmacêuticos. Alguns papiros, inscrições, monumentos, livros de orientações política e religiosas, ruínas de aquedutos e outras descobertas nos permitem formar uma ideia do tratamento dos doentes.

—EGITO
      As receitas médicas deviam ser tomadas acompanhadas da recitação de fórmulas religiosas. 
      Pratica-se o hipnotismo, a interpretação de sonhos; acreditava-se na influência de algumas pessoas sobre a saúde de outras. 

—ÍNDIA
       Documentos do século VI a.C. nos dizem que os hindus conheciam: ligamentos, músculos, nervos, plexos, vasos linfáticos, antídotos para alguns tipos de envenenamento e o processo digestivo. Realizavam alguns tipos de procedimentos, tais como: suturas, amputações, trepanações e corrigiam fraturas. 
O budismo contribui para o desenvolvimento da enfermagem e da medicina. Os hindus tornaram-se conhecidos pela construção de hospitais.
 Foram os únicos, na época, que citaram enfermeiros e exigiam deles qualidades morais e conhecimentos científicos. Nos hospitais eram usados músicos e narradores de histórias para distrair os pacientes.
—ASSÍRIA E BABILÔNIA

—Entre os assírios e babilônios existiam penalidades para médicos incompetentes, tais como: amputação das mãos, indenização, etc. A medicina era baseada na magia - acreditava-se que sete demônios eram os causadores das doenças. Os sacerdotes-médicos vendiam talismãs com orações usadas contra ataques dos demônios. Nos documentos assírios e babilônicos não há menção de hospitais, nem de enfermeiros. Conheciam a lepra e sua cura dependia de milagres de Deus, como no episódio bíblico do banho no rio Jordão. "Vai, lava-te sete vezes no Rio Jordão e tua carne ficará limpa".(II Reis: 5, 10-11)
—CHINA

—Os doentes chineses eram cuidados por sacerdotes. As doenças eram classificadas da seguinte maneira: benignas, médias e graves. Os sacerdotes eram divididos em três categorias que correspondiam ao grau da doença da qual se ocupava. Os templos eram rodeados de plantas medicinais. Os chineses conheciam algumas doenças: varíola e sífilis. Procedimentos: operações de lábio. Tratamento: anemias, indicavam ferro e fígado; doenças da pele, aplicavam o arsênico. Anestesia: ópio. Construíram alguns hospitais de isolamento e casas de repouso. A cirurgia não evoluiu devido a proibição da dissecação de cadáveres
—JAPÃO

—Os japoneses aprovaram e estimularam a eutanásia. A medicina era fetichista e a única terapêutica era o uso de águas termais.
—GRÉCIA

—As primeiras teorias gregas se prendiam à mitologia. Apolo, o deus sol, era o deus da saúde e da medicina. Usavam sedativos, fortificantes e hemostáticos, faziam ataduras e retiravam corpos estranhos, também tinham casas para tratamento dos doentes. A medicina era exercida pelos sacerdotes-médicos, que interpretavam os sonhos das pessoas. Tratamento: banhos, massagens, sangrias, dietas, sol, ar puro, água pura mineral. Dava-se valor à beleza física, cultural e a hospitalidade. O excesso de respeito pelo corpo atrasou os estudos anatômicos
ROMA

—A medicina não teve prestígio em Roma. Durante muito tempo era exercida por escravos ou estrangeiros. Os romanos eram um povo, essencialmente guerreiro. O indivíduo recebia cuidados do Estado como cidadão destinado a tornar-se bom guerreiro, audaz e vigoroso. Roma distinguiu-se pela limpeza das ruas, ventilação das casas, água pura e abundante e redes de esgoto. Os mortos eram sepultados fora da cidade, na via Ápia. O desenvolvimento da medicina dos romanos sofreu influência do povo grego.
História da Enfermagem 

Essa época corresponde ao aparecimento da Enfermagem como prática leiga, desenvolvida por religiosos e abrange o período medieval compreendido entre os séculos V e VIII.— Período considerado pela medicina como período Hipocrático ( destacando a figura de Hipócrates). 
 Hipócrates foi considerado o pai da Medicina ou o pai das profissões da saúde, por dissociar a arte de curar dos preceitos místicos e sacerdotais, através da utilização do método indutivo, da inspeção e da observação.  As práticas de saúde medievais focalizavam a influência dos fatores sócio-econômicos e políticos do medieval e da sociedade feudal nas práticas de saúde e as relações destas com o cristianismo. A abnegação, o espírito de serviço, a obediência e outros atributos, não de conotação profissional mas sim sacerdotal.  As práticas de saúde pós monásticas evidenciam a evolução das ações de saúde e, em especial, do exercício da Enfermagem no contexto dos movimentos Renascentistas e da reforma Protestante. Corresponde ao período que vai do final do século XII ao início do século XVI. A retomada da ciência , o progresso social e intelectual da Renascença e a evolução das universidades não constituíram fator de crescimento para a Enfermagem. 
 Enclausurada em hospitais religiosos, permaneceu empírica e desarticulada durante muito tempo, vindo a desagregar-se ainda mais a partir dos movimentos de reforma Religiosa e das conturbações da Santa inquisição. O hospital já negligenciado, passa a ser um insalubre depósito de doentes, onde homens, mulheres e crianças utilizam as mesmas dependências, amontoados em leitos coletivos. Sob exploração deliberada, considera um serviço doméstico, pela queda dos padrões morais que a sustentava, a prática de enfermagem tornou-se indigna e sem atrativo para mulheres de casta social elevada.  As práticas de saúde no mundo analisam as ações de saúde e, em especial, as de Enfermagem, sob a óptica do sistema político-econômico da sociedade capitalista. Ressaltam o surgimento da enfermagem como atividade profissional institucionalizada. Esta análise inicia-se com a revolução industrial no século XVI que termina com o surgimento da Enfermagem moderna na Inglaterra, no século XIX.

—Enfermagem Moderna


É na reorganização da instituição hospitalar e no posicionamento do médico como principal responsável por essa reordenação, que vamos encontrar as raízes do processo de disciplina e seus reflexos na enfermagem, ao ressurgir da fase sombria em que esteve submersa até então. Naquela época, estiveram sob piores condições, devido a predominância de doenças infecto-contagiosas e  à falta de pessoas preparadas para cuidar dos doentes. Os ricos continuavam a ser tratados em suas próprias casas, enquanto os pobres, além de não terem essa alternativa, tornavam-se objetos de instrução e de experiências que resultariam num maior conhecimento sobre as doenças em beneficio da classe abastada.  Conseguiu novamente posição de destaque com a atuação de Florence Nigthingale  na Guerra da Criméia no século XIX em 1854, sendo que seus ensinamentos propagaram-se internacionalmente. Em 1887 surgiu um movimento realizado pelas enfermeiras inglesas que almejavam alcançar reconhecimento oficial do governo em relação ao curso e a melhorias das condições da profissão.

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