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terça-feira, 28 de maio de 2013

ELETROCARDIOGRAMA

Consiste no registro gráfico dos impulsos elétricos do coração, que são transmitidos para a superfície do corpo e que podem ser detectadas através de eletrodos fixados nas extremidades.
Os aparelhos de ECG (eletrocardiograma) padrão se compõem de 12 derivações separadas, sendo 6 precordiais e 6 periféricas. Para obtenção das derivações acrescenta-se um eletrodo de sucção em seis diferentes posições sobre o tórax.






Pode-se, ainda, conseguir outras derivações não consideradas padrão, colocando o eletrodo em diversas regiões do corpo – por ex: V4R. Existem diversos tipos de aparelhos, os mais comuns são de um canal, seguido pelo de três canais.

Tais aparelhos podem ser com 5 cabos onde temos 4 para os membros e 1 cabo para as derivações precordiais o qual vai sendo deslocados para se obter os seis registros ou de 10 cabos, os quatro cabos para os membros e os 6 cabos, cada um correspondente a uma derivação.


Ø  Diagrama do Sistema de Coagulação
- O ECG é um registro do estímulo elétrico que origina a contração do músculo cardíaco. Cada ciclo cardíaco se inicia com uma descarga partindo do nó sinusal ou nó sino-atrial (1). O impulso ativador se propaga através do músculo de ambas as aurículas gerando a sua contração e produzindo a onda P. Os impulsos chegam junto ao nó atrioventricular (2), que é a única via de comunicação entre as aurículas e os ventrículos. Aqui se produz um retardo durante um curto espaço de tempo. Finalmente, o impulso ativador sai do nó atrioventricular e se propaga pelo feixe de Hiss (3). Este se divide em ramo direito e esquerdo que proporciona uma rápida propagação do impulso para todas as partes dos ventrículos, originando neles uma contração sincronizada e originando o complexo QRS. Após a fase de contração vem a fase de recuperação ventricular, que é identificada pelas ondas T e às vezes U, esta última sem importância clínica.

Ø  As ondas Eletrocardiográfica
-  A atividade elétrica durante um ciclo cardíaco é caracterizada por cinco deflexões distintas, as quais são designadas pelas letras “P” , “Q” , “R” e “T” : estas letras foram arbitrariamente selecionadas e não têm qualquer outro significado. O padrão elétrico de um ciclo normal pode ser visto na figura abaixo.





Onda “P” – Representa a atividade elétrica associada com o impulso inicial gerado no nódulo AS e a sua passagem através dos átrios.
Intervalo “PR” – Representa o período que vai do início da onda “P” até o começo do complexo “QRS” e significa o tempo que o impulso original leva para atingir os ventrículos, a partir da sua origem no nódulo AS.
Complexo “QRS” – A ativação dos ventrículos produz um complexo de pontas que convencionalmente contém três ondas. A primeira deflexão para baixo denomina-se “Q”; a primeira para cima, de grande amplitude, “R” ; e a segunda  para baixo, “S”.
Segmento “ST”- Este intervalo compreende o período entre o término da estimulação (despolarização) e o início da recuperação (repolarização) dos músculos ventriculares.
Onda “T” – Esta onda representa a maior parte da fase de recuperação ventricular após uma contração.
Onda “U”- Segue a onda “T” , não sendo, sempre visível.
+ Ritmo Sinusal (ou ritmo normal) –Quando o coração se ativa normalmente, o ritmo se denomina “sinusal”, porque cada batimento começa com uma descarga elétrica a partir do nódulo sinusal. Todos os complexos QRST são idênticos em uma dada derivação. O intervalo PR é normal e não se altera entre um batimento e outro. A freqüência cardíaca oscila entre 70 a 110 bpm, porém, pode variar com o movimento, dor ou emoção, ou por arritmias sinusal.


 Finalidades:
-          Meio de diagnóstico;
-          Acompanhamento da evolução clínica;
-          Avaliação do efeito de drogas.
+ Preparo do Paciente
Para obtenção de um bom ECG, com sinais claros e livres de interferências, é necessário que a resistência de contato entre os eletrodos e a pele do paciente seja tão baixa quanto possível, para isso, alguns cuidados devem ser tomados:
-          Utilizar sempre eletrodos limpos, sem incrustações ou oxidação e desengordurados.
-          Para limpá-los utilizar álcool ou benzina;
-          Evitar a colocação dos eletrodos sobre áreas musculares, para que não haja interferência eletromiográfica no traçado;
-          Eliminar a oleosidade da pele no local de aplicação do eletrodo com um algodão embebido  em álcool;
-          Se necessário, raspar os pêlos no local de aplicação do eletrodo precordial;
-          Prender os eletrodos aplicando uma pequena camada de pasta condutora ou colocando entre o eletrodo e a pele um pequeno chumaço de algodão embebido em líquido para ECG ou álcool ou água, para aumentar a condutividade elétrica da pele, pois a pele é um péssimo condutor de eletricidade;
-          O aparelho deve estar adequadamente “aterrado”, com o fio terra ligado a algum objeto de metal não isolado;
-          A temperatura do ambiente onde o exame está sendo realizado deve ser agradável. Um ambiente frio fará com que apareçam tremores musculares finos, muitas vezes invisíveis, mas são registrados no traçado;
-          Tranqüilizar o paciente de modo a ele ficar relaxado. É comum o paciente que se submetem ao exame pela primeira vez, ter o temor de levar choque elétrico;
-          Pedir ao paciente para que não se mexa e não fale durante o período de registro do exame.



Ø  Colocação dos eletrodos
-          Membros
Os quatro cabos dos membros fornecem as seis derivações designadas de D1, D2, D3, a VR, a VL e a VF.
Conectar os eletrodos ao cabo do paciente do aparelho, segundo o código de cores abaixo:
Amarelo –      membro superior esquerdo LA
Verde –          membro inferior esquerdo              LL 
Vermelho -     membro superior direito                 RA
Preto -            membro inferior direito                   RL
Azul - precordial (móvel)                            V
Para facilitar a memorização, podemos dizer que as cores da bandeira brasileira (verde e amarelo) ficam do lado esquerdo do coração, e que as cores da bandeira do flamengo (Rio) ou Atlético (PR) ficam do lado direito.
Atualmente, aparelhos mais modernos já trazem um diagrama com as indicações das cores e dos locais de colocação dos eletrodos.
Habitualmente, os eletrodos são colocados nos pulsos e nos tornozelos, embora possam ser colocados em qualquer altura dos membros. Em paciente mutilado, com perda de um ou mais membros, os eletrodos pode ser colocados nos cotos das amputações.
+ Precordiais
O cabo único fornecerá as 6 derivações designadas  de V1, V2, V3,V4, V5 e V6, ou nos aparelhos que possuem 6 cabos, cada um deles corresponde a uma derivação.
            V1 – quarto espaço intercostal, junto á borda direita do externo.
            V2 – quarto espaço intercostal na borda esquerda do externo.
            V3 – espaço intermediário entre V2 e V4.
            V4 – quinto espaço intercostal na linha média clavicular esquerda.
            V5 -  linha axilar anterior esquerda, ao nível horizontal do V4.
            V6 -  linha média axilar esquerda, ao nível horizontal do V4.
V4R – quinto espaço intercostal na linha média clavicular (derivação não considerada padrão).







Em virtude dos vários modelos de aparelho para eletrocardiograma, não descrito a operação do equipamento, sendo o mais conveniente para se chegar a esse aprendizado, o contato direto e o manuseio diário com o mesmo.

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