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quinta-feira, 30 de maio de 2013

CATETER DE SWAN GANZ


É um instrumento utilizado na determinação de alterações hemodinâmicas, através da medida de pressões na cavidade direita, tronca e artéria pulmonar, capilar pulmonar e mensuração do débito cardíaco pela Termodiluição.
Habitualmente, usam-se as veias subclávias ou anticubitais.
É fabricado em polivinil, tem 110 cm de comprimento e possui 3 lumens: balão na porção distal, lúmen distal ( PAP) e lúmen proximal (30 cm antes da extremidade distal, destinado à verificação da PVC,  obtenção de amostras de sangue venoso e injeção de soro gelado).
Ainda na porção distal, está localizado o termistor, destinado à mensurar a temperatura da sangue na artéria pulmonar, determinando, assim, o débito cardíaco por termodiluição.

É um procedimento médico, mas é atribuição da enfermagem, o preparo do paciente e do material e auxilia-lo durante o procedimento, cuidados com o cateter e o local da punção e realizar medidas da pressão.

                                Radiografia mostrando a localização do cateter.

Ø  Indicações:
-          IAM complicados;
-          Falência do ventrículo esquerdo (choque cardiogênico);
-          Trans e pós-operatórios de cirurgia cardiovascular;
-          Tamponamento cardíaco;
-          Reposição volêmica em pacientes críticos;
-          Sepsis;
-          Insuficiência renal aguda.


Ø  Materiais básicos:

-          Cateter de Swan-Ganz, cabos transutores, domes, aparelho para mensuração do Débito Cardíaco, monitor de  2 canais específico;
-          Instrumental Cirúrgico (caixa para pequena cirurgia, flebotomia, etc.);
-          Paramentação médica (avental esterilizado, gorro e máscara);
-          Luvas esterilizadas;
-          Campos esterilizados;
-          Seringas, agulhas e fios de sutura;
-          Torneirinhas.


Ø  Complicações:
-          Pneumotórax / hemotórax;
-          Perfuração ou dissecção vascular;
-          Embolia gasosa;
-          Formação de nó no cateter;
-          Infarto pulmonar;
-          Embolia pulmonar;
-          Infecções.

Ø  Cuidados de Enfermagem

-          Oferecer apoio emocional ao paciente e orienta-lo sobre o procedimento, afim de diminuir seu medo.
-          Preparar materiais e equipamentos para inserção do cateter.
-          Manter material de reanimação cardiopulmonar, pronto para o uso.
-          Auxiliar o médico durante a inserção do cateter.
-          Realizar cuidados especiais com o cateter e local de punção.
-          Observação do local da punção: coloração, temperatura local, sinais de infecção.
-          Não administrar medicação pelo cateter.

terça-feira, 28 de maio de 2013

ELETROCARDIOGRAMA

Consiste no registro gráfico dos impulsos elétricos do coração, que são transmitidos para a superfície do corpo e que podem ser detectadas através de eletrodos fixados nas extremidades.
Os aparelhos de ECG (eletrocardiograma) padrão se compõem de 12 derivações separadas, sendo 6 precordiais e 6 periféricas. Para obtenção das derivações acrescenta-se um eletrodo de sucção em seis diferentes posições sobre o tórax.






Pode-se, ainda, conseguir outras derivações não consideradas padrão, colocando o eletrodo em diversas regiões do corpo – por ex: V4R. Existem diversos tipos de aparelhos, os mais comuns são de um canal, seguido pelo de três canais.

Tais aparelhos podem ser com 5 cabos onde temos 4 para os membros e 1 cabo para as derivações precordiais o qual vai sendo deslocados para se obter os seis registros ou de 10 cabos, os quatro cabos para os membros e os 6 cabos, cada um correspondente a uma derivação.


Ø  Diagrama do Sistema de Coagulação
- O ECG é um registro do estímulo elétrico que origina a contração do músculo cardíaco. Cada ciclo cardíaco se inicia com uma descarga partindo do nó sinusal ou nó sino-atrial (1). O impulso ativador se propaga através do músculo de ambas as aurículas gerando a sua contração e produzindo a onda P. Os impulsos chegam junto ao nó atrioventricular (2), que é a única via de comunicação entre as aurículas e os ventrículos. Aqui se produz um retardo durante um curto espaço de tempo. Finalmente, o impulso ativador sai do nó atrioventricular e se propaga pelo feixe de Hiss (3). Este se divide em ramo direito e esquerdo que proporciona uma rápida propagação do impulso para todas as partes dos ventrículos, originando neles uma contração sincronizada e originando o complexo QRS. Após a fase de contração vem a fase de recuperação ventricular, que é identificada pelas ondas T e às vezes U, esta última sem importância clínica.

Ø  As ondas Eletrocardiográfica
-  A atividade elétrica durante um ciclo cardíaco é caracterizada por cinco deflexões distintas, as quais são designadas pelas letras “P” , “Q” , “R” e “T” : estas letras foram arbitrariamente selecionadas e não têm qualquer outro significado. O padrão elétrico de um ciclo normal pode ser visto na figura abaixo.





Onda “P” – Representa a atividade elétrica associada com o impulso inicial gerado no nódulo AS e a sua passagem através dos átrios.
Intervalo “PR” – Representa o período que vai do início da onda “P” até o começo do complexo “QRS” e significa o tempo que o impulso original leva para atingir os ventrículos, a partir da sua origem no nódulo AS.
Complexo “QRS” – A ativação dos ventrículos produz um complexo de pontas que convencionalmente contém três ondas. A primeira deflexão para baixo denomina-se “Q”; a primeira para cima, de grande amplitude, “R” ; e a segunda  para baixo, “S”.
Segmento “ST”- Este intervalo compreende o período entre o término da estimulação (despolarização) e o início da recuperação (repolarização) dos músculos ventriculares.
Onda “T” – Esta onda representa a maior parte da fase de recuperação ventricular após uma contração.
Onda “U”- Segue a onda “T” , não sendo, sempre visível.
+ Ritmo Sinusal (ou ritmo normal) –Quando o coração se ativa normalmente, o ritmo se denomina “sinusal”, porque cada batimento começa com uma descarga elétrica a partir do nódulo sinusal. Todos os complexos QRST são idênticos em uma dada derivação. O intervalo PR é normal e não se altera entre um batimento e outro. A freqüência cardíaca oscila entre 70 a 110 bpm, porém, pode variar com o movimento, dor ou emoção, ou por arritmias sinusal.


 Finalidades:
-          Meio de diagnóstico;
-          Acompanhamento da evolução clínica;
-          Avaliação do efeito de drogas.
+ Preparo do Paciente
Para obtenção de um bom ECG, com sinais claros e livres de interferências, é necessário que a resistência de contato entre os eletrodos e a pele do paciente seja tão baixa quanto possível, para isso, alguns cuidados devem ser tomados:
-          Utilizar sempre eletrodos limpos, sem incrustações ou oxidação e desengordurados.
-          Para limpá-los utilizar álcool ou benzina;
-          Evitar a colocação dos eletrodos sobre áreas musculares, para que não haja interferência eletromiográfica no traçado;
-          Eliminar a oleosidade da pele no local de aplicação do eletrodo com um algodão embebido  em álcool;
-          Se necessário, raspar os pêlos no local de aplicação do eletrodo precordial;
-          Prender os eletrodos aplicando uma pequena camada de pasta condutora ou colocando entre o eletrodo e a pele um pequeno chumaço de algodão embebido em líquido para ECG ou álcool ou água, para aumentar a condutividade elétrica da pele, pois a pele é um péssimo condutor de eletricidade;
-          O aparelho deve estar adequadamente “aterrado”, com o fio terra ligado a algum objeto de metal não isolado;
-          A temperatura do ambiente onde o exame está sendo realizado deve ser agradável. Um ambiente frio fará com que apareçam tremores musculares finos, muitas vezes invisíveis, mas são registrados no traçado;
-          Tranqüilizar o paciente de modo a ele ficar relaxado. É comum o paciente que se submetem ao exame pela primeira vez, ter o temor de levar choque elétrico;
-          Pedir ao paciente para que não se mexa e não fale durante o período de registro do exame.



Ø  Colocação dos eletrodos
-          Membros
Os quatro cabos dos membros fornecem as seis derivações designadas de D1, D2, D3, a VR, a VL e a VF.
Conectar os eletrodos ao cabo do paciente do aparelho, segundo o código de cores abaixo:
Amarelo –      membro superior esquerdo LA
Verde –          membro inferior esquerdo              LL 
Vermelho -     membro superior direito                 RA
Preto -            membro inferior direito                   RL
Azul - precordial (móvel)                            V
Para facilitar a memorização, podemos dizer que as cores da bandeira brasileira (verde e amarelo) ficam do lado esquerdo do coração, e que as cores da bandeira do flamengo (Rio) ou Atlético (PR) ficam do lado direito.
Atualmente, aparelhos mais modernos já trazem um diagrama com as indicações das cores e dos locais de colocação dos eletrodos.
Habitualmente, os eletrodos são colocados nos pulsos e nos tornozelos, embora possam ser colocados em qualquer altura dos membros. Em paciente mutilado, com perda de um ou mais membros, os eletrodos pode ser colocados nos cotos das amputações.
+ Precordiais
O cabo único fornecerá as 6 derivações designadas  de V1, V2, V3,V4, V5 e V6, ou nos aparelhos que possuem 6 cabos, cada um deles corresponde a uma derivação.
            V1 – quarto espaço intercostal, junto á borda direita do externo.
            V2 – quarto espaço intercostal na borda esquerda do externo.
            V3 – espaço intermediário entre V2 e V4.
            V4 – quinto espaço intercostal na linha média clavicular esquerda.
            V5 -  linha axilar anterior esquerda, ao nível horizontal do V4.
            V6 -  linha média axilar esquerda, ao nível horizontal do V4.
V4R – quinto espaço intercostal na linha média clavicular (derivação não considerada padrão).







Em virtude dos vários modelos de aparelho para eletrocardiograma, não descrito a operação do equipamento, sendo o mais conveniente para se chegar a esse aprendizado, o contato direto e o manuseio diário com o mesmo.

PRESSÃO VENOSA CENTRAL

A Pressão Venosa Central (PVC) mede a pressão do sangue na veia cava ao nível de seu ponto de entrada do átrio direito. Essa pressão fornece informações relativas ao volume de sangue circulante, ao tônus vascular, e até certo ponto, à função cardíaca. A pressão é medida em centímetros de água. A variação normal é de 4 a 10 cm. Um aumento na PVC indica redução da capacidade de contração do miocárdio, vasoconstrição ou aumento da capacidade de contração do miocárdio, vasodilatação ou hipovolemia.

A PVC varia com a expiração (aumenta) e com a inspiração (diminui) e depende do rendimento cardíaco, do volume sangüíneo circulante e  do tônus vascular.
Ø  Finalidades:
-          Servir de meio diagnóstico para condições clínicas de desidratação e hiperhidratação:
-          Orientar a conduta médica.


Ø  Materiais básicos:
-          Nivelador;
-          Suporte de soro;
-          Soro glicosado 5% ou fisiológico 250 ml;
-          Equipo de PVC;
-          Fita adesiva (esparadrapo ou fita crepe);
-          Torneirinha.
Ø  Montagem do Sistema:
-          abrir a embalagem do equipo e retirar a fita graduada;
-          Prender a fita graduada no suporte de soro ao nível do colchão;
-          Conectar o soro e encher o equipo, dependurar no suporte;
-          Fixar a via do soro e a 3ª via junto à fita graduada;
-          Conectar a via do paciente.

Ø  Mensuração:
-          Colocar o paciente em decúbito dorsal horizontal;
-          Retirar travesseiros, coxins etc., colocar os braços do paciente ao longo do corpo  (posição anatômica);
-          Estabelecer o ponto zero da coluna graduada;
-          Colocar uma das extremidades do nivelador (ao nível do externo ou médio axilar) e outra na coluna graduada;
-          Manter a bolha do nivelador no centro;
-          Desligar o soro medicamentoso e conectar somente o circuito ao paciente. Fechar os demais soros, abrindo somente a via do equipo da PVC;
-          Abrir a passagem do soro da PVC e proceder à leitura;
-          Caso o paciente esteja em respirador, desconectá-lo no momento da leitura.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

DESEQUILIBRIO ÁCIDO-BÁSICO




É a concentração de íons de hidrogênio (H+), que determina se  a solução é ácida, básica ou neutra. A escala de pH mede a quantidade de acidez ou alcalinidade de fluídos. Numa escala de 1 a 14, um pH de 7 é neutro. Qualquer nível abaixo de 7 é considerado ácido; e acima 7 é considerada alcalina. O pH normal do fluído extracelular varia de 7,35 a 7, 45, sendo, considerada conseqüentemente, levemente alcalino. A variação normal que dará apoio à vida de 6.8 a 7.8.


Ø  Acidose Metabólica – Pode resultar tanto do acúmulo de muitos subprodutos ácidos do metabolismo quanto da perda do bicarbonato. Processos metabólicos anormais como: diabetes, a insuficiência ou deficiência renal e o choque produzem acidose metabólica através do acúmulo de ácidos no corpo. A perda de bicarbonato em excesso se dá na insuficiência renal, diarréia grave, através das ileostomia, fístulas intestinais ou biliares e outros estados críticos.
Os sinais de acidose metabólica incluem hiperventilação, fraqueza, desorientação, diarréia e entorpecimento que leva ao estupor e coma. Qualquer estado de acidose deprime o sistema nervoso central. Os pulmões tentam compensar o estado de acidose, aumentando o ritmo e a produtividade da respiração, o que reduzirá a quantidade de ácido carbônico no sistema. Este tipo de respiração é conhecido com respiração de Kussmaul.

Ø  Alcalose respiratória – É causada, basicamente, por hiperventilação, que pode ser conseqüência de estados de ansiedade, febre e falta de O2. Algumas drogas podem estimular o centro respiratório e ocasionar a hiperventilação.
Os sintomas comuns incluem dor de cabeça, tontura, parestesia, formigamento das pontas dos dedos e ao redor da boca e tetania, e acham-se relacionados com o aumento da irritabilidade neuromuscular.
Ø  Acidose respiratória – É  causada por qualquer condição que interfira na liberação normal de dióxido de carbono dos pulmões. Enfisema, bronquite, pneumonia e asma são condições que interferem no transporte normal de gases através da membrana pulmonar. Sedativos, narcóticos (morfina) ou trauma cerebral podem afetar o centro respiratório na medula,de modo a interferir na respiração.
Os pacientes tornam-se fracos, inquietos e desorientados. A freqüência do pulso aumenta e podem ocorrer arritmias. A cianose pode ser um sinal posterior. A acidose respiratória grave pode constituir uma emergência, que envolve a melhora da ventilação e poderá ser necessária a instalação de ventilação mecânica.


5.7. Valores Normais da Gasometria
-          pH  - 7, 35 a 7,45
-          pCO2 – 35 a 45 mmHg
-          pO2  - 80 a 100 mmHg
-          HCO3 – 22 a 26 mEq/1
-          BE  - aproximadamente 2 mEq/1

5.8. Assistência de Enfermagem no Desequilíbrio Hídrico Eletrolítico
-          Monitorar a administração de fluidos, oral e IV. Monitorar sinais vitais.
-          Administrar O2 quando recomendado.
-          Monitorar estado neurológico e nível de consciência.
-          Administrar medicamentos conforme à recomendação médica.

-          Tranqüilizar o paciente. Manter ambiente calmo.

TIPOS DE CATETERES DE ACESSO VENOSO CENTRAL

Definição: São Dispositivos inseridos em um vaso sanguíneo com a Veia Jugular Interna, Jugular Externa, Subclávia ou veia femoral, com...